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De olho nas exposições - São Paulo

Com a flexibilização da quarentena exposições voltaram a receber o público para visitação com agendamento prévio e todos os cuidados contra o novo Coronavírus, em São Paulo. Alguns dos locais com exposições são Memorial da Resistência, Japan House, Instituto Moreira Sales, Centro Cultural Fiesp e no MIS.

Bob Gruen é um dos fotógrafos mais conhecidos e respeitados do rock'n'roll. De John Lennon a Johnny Rotten; de Muddy Waters aos Rolling Stones; de Elvis a Madonna; de Bob Dylan a Bob Marley; de Tina Turner a Debbie Harry, ele capturou a cena musical durante mais de quarenta anos em fotografias que se tornaram reconhecidas mundialmente, e trouxe para o Mis vertentes desconhecidas de John Lennon.

As imagens de Gruen exploram não apenas a relação de John Lennon com Yoko Ono durante os anos 1970, mas também suas diferentes facetas: pai, ex-Beatles e rock star no auge da fama. Além dos excessos, dos shows e das festas, as fotografias apresentam os seus momentos de intimidade e lançam um olhar aprofundado sobre a pessoa por trás da imagem de ídolo internacional.

A exposição marca os 80 anos de nascimento e 40 anos de legado de John Lennon, além de integrar a programação comemorativa dos 50 anos do MIS.

A exposição estará aberta à visitação até o dia 31 de janeiro de 2021.


No Memorial da Resistência encontramos um olhar para a luta do movimento LGBTQIA+ contra o autoritarismo que pode ser conferido na exposição “Orgulho e Resistência: LGBT na Ditadura”, espaço dedicado a preservar a memória sobre esse duro período de repressão política no Brasil. Entre os destaques estão uma série de imagens feitas pela famosa fotógrafa mineira Vânia Toledo (que faleceu em meio a pandemia), e uma ilustração inédita da cartunista Laerte Coutinho, que trata da pluralidade de gêneros. Além de defender a diversidade, a exposição sobre a resistência LGBT (sigla usada pelo movimento na época) na ditadura tem a proposta de mostrar ao público como as prisões em massa nessa época foram usadas como um mecanismo do Estado para reprimir todos os “tipos sociais indesejáveis”, a partir do hipócrita ideário da moral e dos bons costumes.

A exposição mostra, por meio de fotografias de atos de rua e capas de publicações da imprensa alternativa, como o movimento LGBT tornou-se mais organizado a partir de 1978. E, desde então, tem lutado por causas que só se tornaram conquistas muito recentemente, como a união estável e casamento homoafetivos (2011), a mudança de pronome e sexo nos registros de pessoas trans (2018) e a criminalização da LGBTfobia (2019).




Já a Japan House São Paulo apresenta de 20 de outubro a 03 de janeiro de 2021, a exposição Japonésia, do jovem fotógrafo Naoki Ishikawa, considerado um dos artistas mais relevantes no cenário atual da fotografia no Japão. Criada especialmente para a instituição, a exposição gratuita e inédita na América Latina pretende revelar as particularidades do arquipélago nipônico, ressaltando sua diversidade de paisagens e de cultura, levando os visitantes a uma verdadeira expedição por um Japão desconhecido.

Naoki Ishikawa apresenta o mar, indissociável à representação do Japão, como elemento de grande importância dentre suas obras e, em Japonésia, ele aparece seja como destaque ou como pano de fundo para tantas outras representações, numa forma de retratar a essência do Japão. Outro elemento vital desta expedição, o Monte Fuji, também está presente com destaque entre as obras, em fotografias que são fruto de uma escalada que o artista realizou em 2009, trazendo o seu olhar delicado deste importante ícone. Essa exposição está localizada na Avenida Paulista, 52, de 20 de outubro de 2020 a 03 de janeiro de 2021, no segundo andar.


A fotógrafa chilena Paz Errázuriz (Santiago, 1944) iniciou sua carreira autodidata durante os violentos anos 1970, quando se instaurava em seu país a ditadura militar de Pinochet. Seu trabalho se concentra sobretudo em pessoas e espaços que por diversos motivos foram deslocados para as margens da sociedade, não raro sendo também reprimidos pelo Estado por transgredirem as regras vigentes.


Suas imagens romperam importantes tabus em uma sociedade privada de liberdades e, por sua força e relevância, seguem reverberando hoje. Paz Errázuriz expôs largamente pelo mundo, inclusive representando o Chile na Bienal de Veneza em 2015, e sua obra está nos acervos de instituições como Tate, Reina Sofía, Daros e MAPFRE. Recebeu diversos prêmios; entre os mais recentes estão o Photoespaña, o Madame Figaro do Festival de Arles e o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Chile.

Sua Obras estarão disponíveis para visitação no IMS Paulista, localizado na Av. Paulista, 2021.


Esta exposição contém imagens de nudez e temas sensíveis. Não recomendada para menores de 14 anos.



No Centro Cultural Fiesp, a exposição "Retrato de mulheres por mulheres". A mostra pretende levantar o debate sobre a representação da mulher nas artes e as temáticas que cercam o seu cotidiano, mas que não definem tampouco limitam o universo feminino.


Neste contexto, aspectos como beleza, empoderamento, corporalidade, feminismo, sexualidade, direitos humanos e identidade entram na pauta sob o olhar preciso de quem tem poder de fala para representar a mulher. Em uma cena cultural ainda dominada por homens, essas fotógrafas criam narrativas visuais que se apresentam como uma ferramenta para que a mulher possa explorar novas formas de se posicionar na sociedade, assim como expressar seus sonhos, sentimentos, desejos e fantasias.

O Centro Cultural Fiesp se localiza na Av. Paulista, em frente à estação Trianon Masp do metrô.



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