David LaChapelle é fotógrafo, diretor de videoclipes e diretor de cinema notório pela abordagem singular e visão inovadora. Na metade dos anos 80, começou a expor em galerias de Nova York e logo chamou a atenção de Andy Warhol, que o levou para trabalhar na Interview Magazine quando tinha apenas 17 anos. LaChapelle se tornou reconhecido por fotografar celebridades em imagens encenadas com estética super colorida, misturando referências de arte clássica, barroca e pop nas suas criações.
Trabalhou para diversas publicações internacionais e teve suas obras exibidas em galerias, instituições culturais e museus em todo o mundo. Já fotografou alguns dos rostos mais reconhecíveis do show biz e suas imagens impressionantes estamparam as capas e páginas da Vogue italiana, Vogue francesa, Vanity Fair, GQ, Rolling Stone, i-D, Playboy, etc. Com cerca de quarenta livros publicados, o americano lançou em 2018 a publicação “Good News Part II,” uma compilação entre obras antigas, novas e inéditas.
Na década de 90, David LaChapelle foi o divisor de águas da fotografia. Ele foi responsável por fazer com que Michael Jackson posasse como um anjo, Kanye West como Jesus, fez Madonna posar como uma neo-diva-hindu, fotografou Naomi Campbell como a Vênus de Botticelli e colocou Aguilera em meio a uma orgia suarenta no videoclipe de “Dirty”. Todo mundo reconheceu seu talento – de Tupac Shakur e Leonardo DiCaprio, até Hilary Clinton. LaChapelle é tão importante para a fotografia quanto Michelangelo é para as artes plásticas ou Fellini é para o cinema.
O fotógrafo declara-se capaz de ser inspirado por tudo, da história da arte à cultura de rua. Entre seus livros publicados estão LaChapelle Land (1966), Hôtel LaChapelle (1999), LaChapelle, Artists & Prostitutes (2006) e, no mesmo ano, o gigantesco Heaven to Hell (2006).
Depois fazia anúncios, capas de revistas e fotografou as figuras mais icônicas dos Estados Unidos – Pamella Anderson, Mariah Carey, Moby e Elton John.
Em 2006, ele quase largou as câmeras para sempre. Decidiu ir para o Hawai e morar numa fazenda cercado por galinhas, frutas e vegetais. Ele comprou algumas terras – uma ex-colônia nudista em uma remota floresta tropical de Maui – e levou seis meses para transformar o local, quando uma galeria alemã ligou para perguntar sobre a possibilidade de exibição de novos trabalhos.
David Lachapelle só voltou a fotografar novamente depois de ter se encantado com um show que viu de Lady Gaga numa pequena boate gay em West Hollywood quando ela ainda estava começando. Depois desse show, Lady Gaga teria sua foto clicada por LaChapelle para sua primeira capa da Rolling Stone, quando ela entrou para o imaginário coletivo de vez.
O resultado são dois novos volumes de coffee table book, ambos publicados pela Taschen, com quase 400 imagens, a maioria nunca antes publicadas. ‘Lost + Found’, que tem fotos de “Earth Laughs In Flowers”, bem como fotos de David Bowie, Katy Perry, Rihanna e os Kardashians, entre outros, pretende-se representar o mundo em que vivemos. ‘Good News’ tem fotos de Tupac Shakur, Michael Jackson e Elizabeth Taylor, bem como muitas imagens com iconografia religiosa, pretendem ilustrar aonde podemos ir. Cada antologia é sequenciada tematicamente para criar narrativas, e foi sua última coleção publicada.
REFORÇANDO que, no final do ano passado falamos sobre calendários e como se reinventaram mundo afora, citamos LaChapelle e sua equipe que trabalharam para passar por meio de imagens a celebração da terra e para sugerir ações a fim de salvá-la, e você pode ler e reler clicando aqui.
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